terça-feira, 12 de maio de 2009

X-Men Origens: Wolverine



Estreia - 30/4 - O primeiro "filme de origem" entre tantos que leva esse nome no título começa da forma mais direta possível. Canadá, 1845. Um garoto vê seu pai ser assassinado pelo capataz da família e parte para cima dele em busca de vingança. Nesse meio tempo o homem revela ser o verdadeiro pai do guri. Garras "de Wolverine" crescem das mãos do menino que se vinga do falso pai na mesma moeda.

Hugh Jackman (que produz o longa ao lado de John Palermo) está muito à vontade interpretando pela quarta vez o personagem mais popular da turma de X-Men no filme que abre a briga do verão no hemisfério norte. Ele iguala o recorde de Christopher Reeve em Superman. A abertura, mostrando Logan e seu irmão Victor Creed (Liev Schreiber, que já foi escada de Daniel Craig esse ano por Um Ato de Liberdade) em todas as guerras americanas (Secessão, Coréia, Primeira GG, Segunda GG, Vietnã e Iraque) é animador. A censura ser PG-13 já é sinal de que a violência será moderada. Zack Snyder fez muito bem em recusar dirigir esse projeto para se dedicar a Watchmen - já Bryan Singer poderia fazer melhor.

Em seguida a dupla de irmãos é levada para a periferia de Lagos, na Nigéria e Wolverine se transforma em um filme de ação comum. O grupo de mutantes que inclui participações de Dominc Monaghan e o rapper Will.I.Am lembra mais um Comandos em Ação turbinado em cenas mais compatíveis com o universo de Mortal Kombat do que de X-Men. Logan se cansa de tudo isso e parte para uma vida comum, de volta ao Canadá. Essa história um pouco grande não permite muita movimentação e às vezes tem que ser resumida em diálogos um pouco "toscos" (não é tão ruim, mas não achei palavra melhor).

A motivação de Wolverine é a vingança em decorrência do aparente assassinato de sua mulher (o que eu disse de filme de ação clássico e comum?). Quando o coordenador do projeto X, William Stryker, possibilita a indestrutibilidade de Logan a partir do adamantium, o longa melhora muito. O diretor de Infância Roubada, Gavin Hood, entrega uma obra menos pretensiosa que a primeira metade e o roteiro da dupla David Benioff (Troia e O Caçador de Pipas) e Skip Woods (Hitman - Assassino 47 e A Senhor: Swordfish) permite cenas fantásticas.

Um dos destaques é a explosão do celeiro da fazenda onde Logan recebe abrigo. Outros momentos possuem efeitos especiais que deixam a desejar, onde se percebe nitidamente o fundo azul (assisti ao filme no cinema, não a versão semifinalizada que vazou e deve estar pior). A ponta de outros mutantes ainda na fase adolescente é o que de melhor se tira do filme (principalmente a cena de Ciclope em sua escola). Não espere Nasi na trilha sonora - eu sei que é brincadeira mas um pouco de música fez falta para quebrar o gelo do filme.

Os fãs comemoram o surgimento de Gambit (Taylor Hitsch), que deve ser o personagem do X-Men mais conhecido depois de Wolverine e que passou ao largo das três primeiras produções do time para os cinemas. A luta entre os dois na meia hora final e o surgimento de uma amizade que promete render frutos em longas futuros é algo animador. Pena que a participação não seja maior. Talvez os produtores ficaram com medo de Gambit roubar o filme para si - o mesmo aconteceu com Venom em Homem-Aranha 3, na minha opinião. Gostei também da briga entre o protagonista e The Blob (Kevin Durand). Wolverine estreia a temporada com o suficiente para não desapontar o espectador. Porém, ao contrário de Homem de Ferro (que abriu os trabalhos no ano passado), deve se perder em meio a lançamentos melhores. Nota 6



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