Estreia - 3/4 - Falta de criatividade é uma coisa horrível. Porém, é um mal comum no cinema, principalmente em Hollywood. Em Velozes e Furiosos 4 a coisa chega a ser exagerada. Primeiro que o nome é idêntico ao do longa de origem (em inglês passou de The Fast and The Furious para Fast and Furious). Segundo que o pôster é o mesmo (a versão clara, com os rostos dos protagonistas divididos em quadros, faz você voltar no tempo). Tudo isso por conta do retorno de Vin Diesel à franquia.
O filme começa com uma grande cena de ação, na República Dominicana, quando Toretto (Diesel) e sua mulher Letty (Michelle Rodriguez) atacam um caminhão que transporta petróleo. A abertura no estilo 007 ainda cita o Rio de Janeiro (que, dizem, seria o palco dessa quarta aventura). Depois dos créditos ficamos sabendo que O'Conner (Paul Walker) ainda trabalha, meio a contragosto, para o FBI. Não espere muito malabarismo com carros e destruição pelo caminho. Se quiser isso, assista os primeiros dez minutos e adiante para a cena final.
Quando Letty morre de forma misteriosa (aliás, que inútil a participação de Rodriguez) a coisa caminha para que Diesel e Walker unam forças contra um traficante de nome Braga. No caminho eles precisam se inscrever na velha corrida de carros modificados, abrindo espaço para aquela trilha de hip hop das produções anteriores.
Quando se economiza na ação é preciso que o filme se baseie em uma trama mais inteligente do que a apresentada em Velozes e Furiosos 4. Se O'Conner quer só fazer seu trabalho por que ele anda sempre junto de Toretto, que só deseja vingança? E o FBI, por que aceita todos os métodos do personagem de Walker? Quando a dupla começa a transportar drogas para Braga a ação diminui mais ainda. Sem contar que Vin Diesel (e sua "grande interpretação" indicada ao MTV Movie Awards), mesmo recém-viúvo, encontra tempo para mandar uns xavecos tristes.
Apesar de redondo, Velozes e Furiosos 4 é tão comum que enjoa. O diretor Justin Lin entregou cenas de ação mais generosas no terceiro capítulo da franquia, que mostra claros sinais de cansaço. Até o grand finale decepciona, com um pega dentro de uma mina de carvão. Vin Diesel (que fez questão de ser o produtor) odeia continuações mas se animou todo em entregar uma história mais interessante. Sua declaração só pode ter sido jogada de marketing, já que Toretto continua um ladrão - que apenas deseja vingança - e O'Conner um ex-bandido e seu dilema em ser mocinho. Onde está a maravilhosa continuação do primeiro capítulo, Vin?
Como a bilheteria é o que importa, Velozes e Furiosos 4 não se deu mal. Pelo contrário, é o maior faturamento em um final de semana de estreia da história do mês de Abril (72.5 milhões de dólares, contra 42.2 de Tratamento de Choque); o maior faturamento de estreia de um filme sobre carros (batendo Carros, da Pixar, que arrecadou 60.1 milhões); e a maior estreia de uma produção da Universal Pictures (batendo Jurassic Park 2: O Mundo Perdido, com 72.1 milhões). Sem contar que ainda fatura outros milhões no mercado de DVD, não tenha dúvida.
Porém, não espere muitos adeptos no provável quinto capítulo. Cada vez mais a série limita seu alcance, resumindo seu público a quem gosta de carros tunados e não se interessou por nenhum outro longa em cartaz no domingo à tarde. Não é possível que tanta gente se deixe enganar de novo. Todavia, se o mercado de games lança Need for Speed até hoje, só nos resta aguardar mais um Velozes e Furiosos (talvez entre um Jogos Mortais e outro). Nota 4
O filme começa com uma grande cena de ação, na República Dominicana, quando Toretto (Diesel) e sua mulher Letty (Michelle Rodriguez) atacam um caminhão que transporta petróleo. A abertura no estilo 007 ainda cita o Rio de Janeiro (que, dizem, seria o palco dessa quarta aventura). Depois dos créditos ficamos sabendo que O'Conner (Paul Walker) ainda trabalha, meio a contragosto, para o FBI. Não espere muito malabarismo com carros e destruição pelo caminho. Se quiser isso, assista os primeiros dez minutos e adiante para a cena final.
Quando Letty morre de forma misteriosa (aliás, que inútil a participação de Rodriguez) a coisa caminha para que Diesel e Walker unam forças contra um traficante de nome Braga. No caminho eles precisam se inscrever na velha corrida de carros modificados, abrindo espaço para aquela trilha de hip hop das produções anteriores.
Quando se economiza na ação é preciso que o filme se baseie em uma trama mais inteligente do que a apresentada em Velozes e Furiosos 4. Se O'Conner quer só fazer seu trabalho por que ele anda sempre junto de Toretto, que só deseja vingança? E o FBI, por que aceita todos os métodos do personagem de Walker? Quando a dupla começa a transportar drogas para Braga a ação diminui mais ainda. Sem contar que Vin Diesel (e sua "grande interpretação" indicada ao MTV Movie Awards), mesmo recém-viúvo, encontra tempo para mandar uns xavecos tristes.
Apesar de redondo, Velozes e Furiosos 4 é tão comum que enjoa. O diretor Justin Lin entregou cenas de ação mais generosas no terceiro capítulo da franquia, que mostra claros sinais de cansaço. Até o grand finale decepciona, com um pega dentro de uma mina de carvão. Vin Diesel (que fez questão de ser o produtor) odeia continuações mas se animou todo em entregar uma história mais interessante. Sua declaração só pode ter sido jogada de marketing, já que Toretto continua um ladrão - que apenas deseja vingança - e O'Conner um ex-bandido e seu dilema em ser mocinho. Onde está a maravilhosa continuação do primeiro capítulo, Vin?
Como a bilheteria é o que importa, Velozes e Furiosos 4 não se deu mal. Pelo contrário, é o maior faturamento em um final de semana de estreia da história do mês de Abril (72.5 milhões de dólares, contra 42.2 de Tratamento de Choque); o maior faturamento de estreia de um filme sobre carros (batendo Carros, da Pixar, que arrecadou 60.1 milhões); e a maior estreia de uma produção da Universal Pictures (batendo Jurassic Park 2: O Mundo Perdido, com 72.1 milhões). Sem contar que ainda fatura outros milhões no mercado de DVD, não tenha dúvida.
Porém, não espere muitos adeptos no provável quinto capítulo. Cada vez mais a série limita seu alcance, resumindo seu público a quem gosta de carros tunados e não se interessou por nenhum outro longa em cartaz no domingo à tarde. Não é possível que tanta gente se deixe enganar de novo. Todavia, se o mercado de games lança Need for Speed até hoje, só nos resta aguardar mais um Velozes e Furiosos (talvez entre um Jogos Mortais e outro). Nota 4
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