Estreia - 24/10/2008 - High School Musical, objeto de repulsa de muita gente, tem sua importância na história da televisão. Até hoje é o filme de maior audiência da história da TV a cabo americana (quem conseguiu esse recorde foi o segundo longa da série) e, ao contrário de todas as produções da História, é a única franquia que saiu da tela pequena para a grande, com o filme que completa a trilogia chegando aos cinemas em 2008. Sua bilheteria de estreia de 42 milhões de dólares superou Mamma Mia! como a melhor abertura de um longa musical. No somatório geral, entretanto, a história baseada nas canções do Abba fechou acima de 601 milhões - se tornando o musical que mais faturou em todos os tempos. High School Musical 3 fez "míseros" 250 milhões - Grease, lançado décadas atrás se mantém agora como segundo filme do gênero com maior faturamento - foram quase 380 milhões de dólares.
Isso prova que HSM é um fenômeno americano. Porém, como tudo que envolve cinema é acompanhado de perto por mim, sempre assisti sem problema ou preconceito aos filmes. Há coisas que não gosto em HSM. A maior delas é Vanessa Hudgens. A sósia da Mônica Carvalho (inclusive na qualidade de interpretação) parece sempre deslocada, apesar de cantar bem. Já Zac Efron, perseguido pelos adultos, é um bom ator. Tudo bem que a histeria adolescente faz muita gente torcer o nariz para ele, mas o garoto é bom.
O terceiro filme em si não traz muita coisa de novo. Troy Bolton e seu dilema basquete-música, Gabrielle e sua cara de peixe-morto, Sharpay (uma garota muito mais interessante) que é incompetente até para ser vilã e o irmão dela que não diz que é gay para não assustar as crianças. Pois é, isso é outra coisa que chateia um pouco nos filmes. A maneira infantil do longa de origem atraiu um público fiel que não pode ser afastado. Isso fez com que as continuações fossem tão bobas quanto a primeira produção, uma pena. As comparações com Grease sempre aconteceram, mas HSM sempre perde por ser infantil demais.
Quanto à música, isso é o que mais tem no capítulo final da saga dos estudantes bobinhos. São doze números musicais. Abrindo os trabalhos tem o jogo final de basquete (me desculpe não citar as músicas nominalmente, mas se você não é uma criança chata isso não faz muita diferente, High School Musical 3 é bom mas não é um clássico). A primeira canção dos ensaios do show do último ano começa de forma animadora, misturando a era de ouro dos musicais com referências à Broadway (inclusive a Chicago, uma transposição bem sucedida para o cinema).
Porém, algumas músicas são muito parecidas com números dos dois primeiros longas, o que demonstra falta de inspiração dos autores. Com cenários maiores, os personagens estão mais exagerados (as atuações fogem um pouco do controle dos atores, mas é normal já que todos são novos) - só que musicalmente poderia ser mais bem explorado. A cena do telhado entre Efron e Hudgens é o já tradicional single da cantora para tocar no rádio. Já as músicas da oficina e a segunda do ensaio da peça (que começa com Ryan e Kelsi e atinge todo o elenco) se destacam, utilizando um ambiente só que se transforma em vários cenários, saindo da linguagem televisiva que, infelizmente, dita o tom de grande parte do roteiro.
Tem também aquela música de corno de Gabrielle e outro do Troy, como sempre. A grande cena final lembra um pouco as produções dos anos 50 de Hollywood, principalmente as sequências que Gene Kelly gostava de inserir em seus filmes no ato final, com longos minutos de dança. Eu disse lembra um pouco porque a sequência é editada várias vezes para diálogos de bastidores inúteis. A conclusão, que parecia ser correta, ganha um toque hollywoodiano também e High School Musical 3 termina muito bem (a última meia hora melhorou muito minha avaliação final).
Novas caras e novos nomes surgiram com a segunda trilogia mais rentável da história da Disney (atrás apenas de Piratas do Caribe): Ashley Tisdale, Zac Efron, Corbin Bleu, Vanessa Hudgens, Lucas Grabeel. Todos eles terão carreira longa pela frente. A espera maior está por conta dos novos projetos do roteirista Peter Barsocchini e do diretor Kenny Ortega. O segundo aposta na refilmagem de Footlose. O primeiro já escreve High School Musical 4. Porém, como a letra da primeira canção do filme retrata muito bem, essa foi a última chance do filme deixar sua marca e mostrar seu valor - e o final realmente é muito bonito. Já a última, como se os próprios atores tivesse escrito a música divagando sobre o próprio destino, afirma que todos devem celebrar de onde vieram e não há motivos para esquecer a high school deles. As crianças histéricas lembrarão disso para sempre. Nota 7
Isso prova que HSM é um fenômeno americano. Porém, como tudo que envolve cinema é acompanhado de perto por mim, sempre assisti sem problema ou preconceito aos filmes. Há coisas que não gosto em HSM. A maior delas é Vanessa Hudgens. A sósia da Mônica Carvalho (inclusive na qualidade de interpretação) parece sempre deslocada, apesar de cantar bem. Já Zac Efron, perseguido pelos adultos, é um bom ator. Tudo bem que a histeria adolescente faz muita gente torcer o nariz para ele, mas o garoto é bom.
O terceiro filme em si não traz muita coisa de novo. Troy Bolton e seu dilema basquete-música, Gabrielle e sua cara de peixe-morto, Sharpay (uma garota muito mais interessante) que é incompetente até para ser vilã e o irmão dela que não diz que é gay para não assustar as crianças. Pois é, isso é outra coisa que chateia um pouco nos filmes. A maneira infantil do longa de origem atraiu um público fiel que não pode ser afastado. Isso fez com que as continuações fossem tão bobas quanto a primeira produção, uma pena. As comparações com Grease sempre aconteceram, mas HSM sempre perde por ser infantil demais.
Quanto à música, isso é o que mais tem no capítulo final da saga dos estudantes bobinhos. São doze números musicais. Abrindo os trabalhos tem o jogo final de basquete (me desculpe não citar as músicas nominalmente, mas se você não é uma criança chata isso não faz muita diferente, High School Musical 3 é bom mas não é um clássico). A primeira canção dos ensaios do show do último ano começa de forma animadora, misturando a era de ouro dos musicais com referências à Broadway (inclusive a Chicago, uma transposição bem sucedida para o cinema).
Porém, algumas músicas são muito parecidas com números dos dois primeiros longas, o que demonstra falta de inspiração dos autores. Com cenários maiores, os personagens estão mais exagerados (as atuações fogem um pouco do controle dos atores, mas é normal já que todos são novos) - só que musicalmente poderia ser mais bem explorado. A cena do telhado entre Efron e Hudgens é o já tradicional single da cantora para tocar no rádio. Já as músicas da oficina e a segunda do ensaio da peça (que começa com Ryan e Kelsi e atinge todo o elenco) se destacam, utilizando um ambiente só que se transforma em vários cenários, saindo da linguagem televisiva que, infelizmente, dita o tom de grande parte do roteiro.
Tem também aquela música de corno de Gabrielle e outro do Troy, como sempre. A grande cena final lembra um pouco as produções dos anos 50 de Hollywood, principalmente as sequências que Gene Kelly gostava de inserir em seus filmes no ato final, com longos minutos de dança. Eu disse lembra um pouco porque a sequência é editada várias vezes para diálogos de bastidores inúteis. A conclusão, que parecia ser correta, ganha um toque hollywoodiano também e High School Musical 3 termina muito bem (a última meia hora melhorou muito minha avaliação final).
Novas caras e novos nomes surgiram com a segunda trilogia mais rentável da história da Disney (atrás apenas de Piratas do Caribe): Ashley Tisdale, Zac Efron, Corbin Bleu, Vanessa Hudgens, Lucas Grabeel. Todos eles terão carreira longa pela frente. A espera maior está por conta dos novos projetos do roteirista Peter Barsocchini e do diretor Kenny Ortega. O segundo aposta na refilmagem de Footlose. O primeiro já escreve High School Musical 4. Porém, como a letra da primeira canção do filme retrata muito bem, essa foi a última chance do filme deixar sua marca e mostrar seu valor - e o final realmente é muito bonito. Já a última, como se os próprios atores tivesse escrito a música divagando sobre o próprio destino, afirma que todos devem celebrar de onde vieram e não há motivos para esquecer a high school deles. As crianças histéricas lembrarão disso para sempre. Nota 7
Filmes comentados em 2009: 112
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Total de filmes do blog: 112
Com esse comentário, completo os candidatos a melhor filme do MTV Movie Awards, prêmio que será entregue no próximo dia 31. Dos 29 filmes indicados em todas as categorias, ainda faltam oito para comentar nos próximos dias. Clique aqui e veja a lista completa dos concorrentes com meus comentários à época (antes da festa eu atualizo minhas apostas também).
Um comentário:
Que blog chato sem graça
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