Estreia – 15/5 - Anjos e Demônios, segundo filme baseado em best-seller de Dan Brown e primeira “vítima” da greve dos roteiristas de 2007 que chega aos cinemas, acaba por ter um resultado parecido, porém um pouco superior, ao primeiro longa, O Código Da Vinci. A semelhança mais gritante entre os dois seria a presença da trilha forte, que em Anjos e Demônios começa logo nos créditos. Nem precisa dizer que a principal melhora é o cabelo do protagonista, vivido mais uma vez por Tom Hanks.
Porém, duas características do livro de Brown se mantém no longa, mérito dos experientes roteiristas Akiva Goldsman e David Koepp (esse contratado por Tom Hanks para a continuação) e do diretor Ron Howard (o mesmo de O Código Da Vinci, que filmou o maravilhoso Frost e Nixon – A Luta pela Democracia entre uma pausa e outra). A primeira é que a história arrebatadora, que não para de trazer elementos novos e vai envolvendo o espectador para um final grandioso está lá. Quem leu Anjos e Demônios geralmente gosta do livro justamente por essa capacidade incrível de ser surpreendido diversas vezes. A segunda característica, consequência da primeira, é segurar o ritmo em um nível alto com a tática da trama que “só acaba quando termina”, deixando o espectador sem piscar até o último segundo.
Apesar de Howard ser um grande diretor, é uma pena que Clint Eastwood, que demonstrou interesse em dirigir o filme, não pode ser escalado por obrigação contratual da época da primeira produção. Pois bem, a história começa com a morte do Papa (tido como progressista) e a Igreja Católica dividida. Em outra cena, Vittoria Vettra (a israelense Ayelet Zurer) está mergulhada na produção da antimatéria, que explicaria muito sobre a criação do Universo, quando seu parceiro de pesquisa é assassinado. Já o renomado simbologista Robert Langdon é procurado em Harvard pelo Vaticano por conta do sequestro de quatro bispos, os preferidos para a eleição do novo Papa na época do Conclave.
A surpresa de Langdon pela requisição do Vaticano (que não permitiu que as filmagens fossem feitas na Praça de São Pedro) tem uma explicação. Originalmente, Anjos e Demônios se passa antes de O Código Da Vinci e o pesquisador ainda não tinha destruído boa parte dos dogmas da Igreja. Durante o filme ele se revela um homem sem fé e que sua luta é em busca da verdade – observações impertinentes já que ele provou isso no filme anterior, mas é a essência dessa “sequência que veio antes”. Quanto à Vectra, alguns fãs cobraram uma atriz mais bonita, mas, convenhamos, é difícil um gênio da ciência, que consegue produzir a antimatéria, ser uma mulher de parar o trânsito. Fizeram muito bem em escolher uma atriz atraente, mas nada excepcional – Naomi Watts, essa sim excepcional, era a primeira escolha.
Mas excepcional mesmo é a participação de Ewan McGregor, como o Carmelengo Patrick McKenna, que no original era um italiano – uma das alterações do roteiro. Hanks queria Leonardo DiCaprio nesse papel, mas ele não aceitou. Nessa continuação optaram por colocar poucos rostos conhecidos e ter verba para convidar um ator desse nível. Seu contraponto nas cenas em que Langdon não aparece é um dos destaques do filme. Quanto a Tom Hanks, não precisa nem falar que ele está bem. Ele já chegou em um nível na carreira que qualquer longa seu precisa ser visto (apesar de não esquecer a bomba do ano passado chamada Jogos de Poder).
Não se engane pelas propagandas porque Anjos e Demônios tem só um pouco mais de ação do que O Código Da Vinci. Os dois são thrillers excelentes, mas esse longa mais novo é menos truncado, com Robert Langdon e sua “Langdon girl” descobrindo as coisas mais rápido, o que torna o filme mais dinâmico. Para quem leu o livro ainda tem as mortes violentas baseada nos quatro elementos. Menos escatológicas, mas ainda sim violentas. A diversão é grande se você manter suas expectativas lá embaixo. Nota 7
Filmes comentados em 2009: 115
Filmes lançados em 2009: 38
Total de filmes do blog: 115
Porém, duas características do livro de Brown se mantém no longa, mérito dos experientes roteiristas Akiva Goldsman e David Koepp (esse contratado por Tom Hanks para a continuação) e do diretor Ron Howard (o mesmo de O Código Da Vinci, que filmou o maravilhoso Frost e Nixon – A Luta pela Democracia entre uma pausa e outra). A primeira é que a história arrebatadora, que não para de trazer elementos novos e vai envolvendo o espectador para um final grandioso está lá. Quem leu Anjos e Demônios geralmente gosta do livro justamente por essa capacidade incrível de ser surpreendido diversas vezes. A segunda característica, consequência da primeira, é segurar o ritmo em um nível alto com a tática da trama que “só acaba quando termina”, deixando o espectador sem piscar até o último segundo.
Apesar de Howard ser um grande diretor, é uma pena que Clint Eastwood, que demonstrou interesse em dirigir o filme, não pode ser escalado por obrigação contratual da época da primeira produção. Pois bem, a história começa com a morte do Papa (tido como progressista) e a Igreja Católica dividida. Em outra cena, Vittoria Vettra (a israelense Ayelet Zurer) está mergulhada na produção da antimatéria, que explicaria muito sobre a criação do Universo, quando seu parceiro de pesquisa é assassinado. Já o renomado simbologista Robert Langdon é procurado em Harvard pelo Vaticano por conta do sequestro de quatro bispos, os preferidos para a eleição do novo Papa na época do Conclave.
A surpresa de Langdon pela requisição do Vaticano (que não permitiu que as filmagens fossem feitas na Praça de São Pedro) tem uma explicação. Originalmente, Anjos e Demônios se passa antes de O Código Da Vinci e o pesquisador ainda não tinha destruído boa parte dos dogmas da Igreja. Durante o filme ele se revela um homem sem fé e que sua luta é em busca da verdade – observações impertinentes já que ele provou isso no filme anterior, mas é a essência dessa “sequência que veio antes”. Quanto à Vectra, alguns fãs cobraram uma atriz mais bonita, mas, convenhamos, é difícil um gênio da ciência, que consegue produzir a antimatéria, ser uma mulher de parar o trânsito. Fizeram muito bem em escolher uma atriz atraente, mas nada excepcional – Naomi Watts, essa sim excepcional, era a primeira escolha.
Mas excepcional mesmo é a participação de Ewan McGregor, como o Carmelengo Patrick McKenna, que no original era um italiano – uma das alterações do roteiro. Hanks queria Leonardo DiCaprio nesse papel, mas ele não aceitou. Nessa continuação optaram por colocar poucos rostos conhecidos e ter verba para convidar um ator desse nível. Seu contraponto nas cenas em que Langdon não aparece é um dos destaques do filme. Quanto a Tom Hanks, não precisa nem falar que ele está bem. Ele já chegou em um nível na carreira que qualquer longa seu precisa ser visto (apesar de não esquecer a bomba do ano passado chamada Jogos de Poder).
Não se engane pelas propagandas porque Anjos e Demônios tem só um pouco mais de ação do que O Código Da Vinci. Os dois são thrillers excelentes, mas esse longa mais novo é menos truncado, com Robert Langdon e sua “Langdon girl” descobrindo as coisas mais rápido, o que torna o filme mais dinâmico. Para quem leu o livro ainda tem as mortes violentas baseada nos quatro elementos. Menos escatológicas, mas ainda sim violentas. A diversão é grande se você manter suas expectativas lá embaixo. Nota 7
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