Estreia - 6/11/1968 (nos EUA) - Vamos esquecer um pouco o filme por enquanto. Vamos aproveitar a oportunidade do encontro de Brigitte Bardot e Sean Connery para ver como esses dois atores têm semelhanças entre si. A primeira: quando eles aceitaram fazer Shalako, eram duas pessoas bem sucedidas em suas carreiras de ator e já passavam dos 30 (ela 34 e ele 38). Bardot e Connery são dois europeus populares que nunca tiveram muito reconhecimento da crítica. O escoçês, depois de algumas indicações a outros prêmios, recebeu um "Oscar-consolação" de melhor ator coadjuvante, em 1987 por Os Intocáveis. Já a francesa, em toda sua carreira, só recebeu uma indicação ao BAFTA.
Quer mais uma semelhança? Ambos, já beirando os oitenta anos, dão suas carreiras por encerradas. Ele parou em 2003, depois do fracasso de A Liga Extraordinária, tendo feito 51 filmes depois de Shalako. Ela, talvez tentando preservar sua imagem de bela mulher, parou trinta anos antes, com 39 anos, fazendo apenas sete filmes depois de Shalako, onde ela já está um pouco acabadinha. E mais uma coisa que une Bardot a Connery. Em 1968, ano do lançamento do filme, o ator era o primeiro ex-007 da praça, dando o ciclo por encerrado um ano antes, quando saiu Só se Vive Duas Vezes. Ele ainda aceitaria o caminhão de dinheiro que lhe ofereceram em 1971 para Os Diamantes São Eternos, mas o mundo não foi poupado da performance de George Lazenby em A Serviço Secreto de Sua Majestade. E adivinha quem seria a bond girl desse filme, lançado em 1969? Brigitte Bardot. E por que ela não aceitou? Porque estava filmando Shalako e sua demora atrasaria o cronograma do filme do agente secreto.
Admito que essa história é infinitamente mais interessante que Shalako, que começa com cinco minutos de crédito e uma música bem clichê do Velho Oeste. O filme narra a passagem de aristocratas europeus pelo fim de mundo no Novo México, achando que iriam "caçar" alguma coisa. Só que os apaches acharam mais interessante caçar os turistas e Shalako, ex-membro do Exército norte-americano, intervém ajudando os europeus, em especial uma Condessa loira com carregado sotaque francês.
O filme é daquele jeito tradicional, quase sempre com as câmeras paradas, e uma das maiores diversões é ver Sean Connery se esforçando para manter seu falso jeito norte-americano de falar. A prepotência dos europeus, que na verdade eram um bando de falidos, gera muita confusão, mas nada muito interessante. O mocinho rude, porém justo, é uma cópia mal feita de todos os personagens de John Wayne e é muito melhor assistir a um filme do Duke. Além disso, o "nosso herói" na primeira metade do longa está bem preguiçoso, parecendo mais disposto a ajudar os índios a comer viva a Brigitte.
Quando o guia da caçada passa a perna nos "civilizados" é que Shalako toma as rédeas de tudo. Com pouco mais de uma hora de filme ele ganha de presente a eterna Bardot se jogando pra cima dele, como deve ser em todos os filmes da musa. Quando a saída de tudo aquilo passa por uma escalada na montanha o longa começa a se arrastar e só melhora quando eles terminam de subir e a trilha sonora faz uma graça. Na sequêcia há um pouco de emoção, mas o filme já tinha caído na mesmice e era tarde demais para virar o jogo. A saída do roteiro, inspirado num romance de Loius L'Amour, é uma esquecível luta de lanças (?) entre o chefe dos apaches e o ex-007. Ainda bem que as primeiras linhas do meu texto fizeram a pesquisa valer a pena. Algo para se apagar da fimografia de Connery, Bardot e do diretor Edward Dmytryk. Nota 3
Quer mais uma semelhança? Ambos, já beirando os oitenta anos, dão suas carreiras por encerradas. Ele parou em 2003, depois do fracasso de A Liga Extraordinária, tendo feito 51 filmes depois de Shalako. Ela, talvez tentando preservar sua imagem de bela mulher, parou trinta anos antes, com 39 anos, fazendo apenas sete filmes depois de Shalako, onde ela já está um pouco acabadinha. E mais uma coisa que une Bardot a Connery. Em 1968, ano do lançamento do filme, o ator era o primeiro ex-007 da praça, dando o ciclo por encerrado um ano antes, quando saiu Só se Vive Duas Vezes. Ele ainda aceitaria o caminhão de dinheiro que lhe ofereceram em 1971 para Os Diamantes São Eternos, mas o mundo não foi poupado da performance de George Lazenby em A Serviço Secreto de Sua Majestade. E adivinha quem seria a bond girl desse filme, lançado em 1969? Brigitte Bardot. E por que ela não aceitou? Porque estava filmando Shalako e sua demora atrasaria o cronograma do filme do agente secreto.
Admito que essa história é infinitamente mais interessante que Shalako, que começa com cinco minutos de crédito e uma música bem clichê do Velho Oeste. O filme narra a passagem de aristocratas europeus pelo fim de mundo no Novo México, achando que iriam "caçar" alguma coisa. Só que os apaches acharam mais interessante caçar os turistas e Shalako, ex-membro do Exército norte-americano, intervém ajudando os europeus, em especial uma Condessa loira com carregado sotaque francês.
O filme é daquele jeito tradicional, quase sempre com as câmeras paradas, e uma das maiores diversões é ver Sean Connery se esforçando para manter seu falso jeito norte-americano de falar. A prepotência dos europeus, que na verdade eram um bando de falidos, gera muita confusão, mas nada muito interessante. O mocinho rude, porém justo, é uma cópia mal feita de todos os personagens de John Wayne e é muito melhor assistir a um filme do Duke. Além disso, o "nosso herói" na primeira metade do longa está bem preguiçoso, parecendo mais disposto a ajudar os índios a comer viva a Brigitte.
Quando o guia da caçada passa a perna nos "civilizados" é que Shalako toma as rédeas de tudo. Com pouco mais de uma hora de filme ele ganha de presente a eterna Bardot se jogando pra cima dele, como deve ser em todos os filmes da musa. Quando a saída de tudo aquilo passa por uma escalada na montanha o longa começa a se arrastar e só melhora quando eles terminam de subir e a trilha sonora faz uma graça. Na sequêcia há um pouco de emoção, mas o filme já tinha caído na mesmice e era tarde demais para virar o jogo. A saída do roteiro, inspirado num romance de Loius L'Amour, é uma esquecível luta de lanças (?) entre o chefe dos apaches e o ex-007. Ainda bem que as primeiras linhas do meu texto fizeram a pesquisa valer a pena. Algo para se apagar da fimografia de Connery, Bardot e do diretor Edward Dmytryk. Nota 3
Filmes comentados em 2009: 79
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2 comentários:
Cara...
O blog voltou na pressão!!
Voltei e vi altas novidades. Gostei da mudanca. Antes era muita coisa pra falar e acabava se falando ouco de tudo. Agora você tem nais espaco pra falar da sua especialidade que é cinema. Parabéns! O blog está muito bom. Só não entendi o porque de você vir falando de grandes clássicos e de repente por "Shalako", hehehe, foi pra querar um pouco e lembrar que Hollywood também dá seus deslizes?
Parabéns e continue o bom trabalho
Obrigado, Vanderlei! Pois é, eu tava precisando estrear os marcadores comentando um filme de cada década e me lembrei desse desperdício de talento. Valeu pela força desde a época do antigo blog!
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