Estreia - 13/01/2012 - Não é simples transpor para o cinema um livro de John Le Carré. Suas adaptações sempre geraram expectativas e invariavelmente envolveram atores consagrados. Entre as mais conhecidas, “O Espião que Veio do Frio” (1965) e “O Alfaiate do Panamá” (2001) tiveram os astros Richard Burton e Pierce Brosnan. “A Casa da Rússia” (1990) trouxe o encontro de Sean Connery e Michelle Pfeiffer. O esquecido “A Garota do Tambor” (1984) foi protagonizado por Diane Keaton. E a mais bem sucedida e recente de todas, “O Jardineiro Fiel” (2005) não só lançou o diretor Fernando Meirelles nas produções internacionais, como ainda rendeu o Oscar e o Globo de Ouro para a atriz Rachel Weisz.
Em “O Espião que Sabia Demais”, novamente um excelente trabalho foi realizado na escolha do elenco. A trama da nova adaptação, que já rendeu uma célebre adaptação televisiva em 1979, no formato de minissérie estrelada por Alec Guinness (“Guerra nas Estrelas”), gira em torno de uma célula da Inteligência Britânica onde paira a suspeita de haver um traidor. Uma missão enviada à Hungria é mal sucedida, alguns agentes são convidados a se aposentarem e um deles, George Smiley (Gary Oldman), volta do seu descanso para solucionar a questão.
Grandes atores britânicos da atualidade foram convidados para desempenhar os personagens, de Colin Firth (“O Discurso do Rei”) a Tom Hardy (“A Origem”), não pairando nenhuma reparação a respeito de seus desempenhos. Um bom trabalho foi igualmente realizado na parte técnica. Mesmo assim, o filme parecer pecar na escolha das tomadas, cores e figurino – o que o deixa um pouco monocromático. Esta opção estética acaba por se mostrar equivocada em uma trama com um infindável número de personagens, todos com maneira de falar e se portar idênticas, sem que haja aprofundamento de suas personalidade ou algo que os distingua além do fato de serem interpretados por atores famosos.
O maior deslize, porém, encontra-se no roteiro, que os seis meses da fase de edição não conseguiram consertar. Há em “O Espião que Sabia Demais” subtramas desnecessárias, que tornam o filme arrastado e cansativo. Em determinada cena, o público se torna olhos e ouvidos de uma personagem que mal foi introduzida na história. Uma adaptação confusa do diretor sueco Tomas Alfredson (“Deixe Ela Entrar”), que é anunciada pela Playarte (distribuidora do longa no Brasil) como forte candidato ao Oscar de 2012. A produção ganhou um troféu técnico do BIFA, prêmio para o cinema independente britânico. E só. Nota 4
ps.: Esse texto também foi publicado no portal Pipoca Moderna, clique aqui para ler.
Em “O Espião que Sabia Demais”, novamente um excelente trabalho foi realizado na escolha do elenco. A trama da nova adaptação, que já rendeu uma célebre adaptação televisiva em 1979, no formato de minissérie estrelada por Alec Guinness (“Guerra nas Estrelas”), gira em torno de uma célula da Inteligência Britânica onde paira a suspeita de haver um traidor. Uma missão enviada à Hungria é mal sucedida, alguns agentes são convidados a se aposentarem e um deles, George Smiley (Gary Oldman), volta do seu descanso para solucionar a questão.
Grandes atores britânicos da atualidade foram convidados para desempenhar os personagens, de Colin Firth (“O Discurso do Rei”) a Tom Hardy (“A Origem”), não pairando nenhuma reparação a respeito de seus desempenhos. Um bom trabalho foi igualmente realizado na parte técnica. Mesmo assim, o filme parecer pecar na escolha das tomadas, cores e figurino – o que o deixa um pouco monocromático. Esta opção estética acaba por se mostrar equivocada em uma trama com um infindável número de personagens, todos com maneira de falar e se portar idênticas, sem que haja aprofundamento de suas personalidade ou algo que os distingua além do fato de serem interpretados por atores famosos.
O maior deslize, porém, encontra-se no roteiro, que os seis meses da fase de edição não conseguiram consertar. Há em “O Espião que Sabia Demais” subtramas desnecessárias, que tornam o filme arrastado e cansativo. Em determinada cena, o público se torna olhos e ouvidos de uma personagem que mal foi introduzida na história. Uma adaptação confusa do diretor sueco Tomas Alfredson (“Deixe Ela Entrar”), que é anunciada pela Playarte (distribuidora do longa no Brasil) como forte candidato ao Oscar de 2012. A produção ganhou um troféu técnico do BIFA, prêmio para o cinema independente britânico. E só. Nota 4
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Filmes lançados em 2012: 2
Total de filmes do blog: 151
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