Sinopse: Indonésia, 1965. Guy Hamilton (Mel Gibson) é um repórter australiano ambicioso e pouco experiente, que em sua primeira missão internacional chega a Jacarta para cobrir a agitação dos últimos momentos do regime de Sukarno. Lá Guy recebe a ajuda essencial de Billy Kwan (Linda Hunt), um fotógrafo anão, que faz para ele importantes contatos com as facções em luta e lhe apresenta a bela Jill Bryant (Sigourney Weaver), assessora do adido militar da embaixada britânica. Alguns acontecimentos precedem a queda do ditador e dentro deste contexto Guy se envolve com Jill. (Fonte: Adoro Cinema)
Motivo: A vida de um novato correspondente internacional
Estreia - 17/12/1982 (na Austrália) - O australiano Peter Weir, na época com quase 40 anos, conseguiu cavar seu lugar em Hollywood dirigindo em seu país O Ano que Vivemos em Perigo. Sua produção seguinte, A Testemunha, foi responsável pela primeira indicação deste ao Oscar de melhor diretor. Ele foi lembrado na mesma categoria por Sociedade dos Poetas Mortos, O Show de Truman e O Mestre dos Mares. Além da lembrança como produtor na categoria filme em Mestre dos Mares e roteirista de Green Card - Passaporte para o Amor. O argumento do roteiro em questão é difícil de ser criticado. É claro que uma trama que narra a vida de um repórter em sua primeira experiência como correspondente estrangeiro merece um filme. Porém, o roteiro que aparentemente tenciona tratar da responsabilidade social da carreira de jornalista e da dificuldade na busca por fatos sem se envolver com a notícia, sai dos eixos na segunda metade, quando parece perder ritmo e o fôlego.
Por tratar de um tema polêmico, o longa esteve banido da Indonésia até 1999. Um dos equívocos da produção, aliás, é atribuir ao povo javanês diálogos feitos em filipino. Talvez deixar a direção a cargo de Phillip Noyce fosse mais acertada, eis que não foram poucas as divergências profissionais entre Weir e C.J. Koch, autor do livro autobiográfico que dá origem ao filme e colaborador do roteiro. A parte dramática revela-se incipiente e o conflito entre comunistas e direita militar é deixada à parte, o que tira a dinâmica do filme. O elenco é liderado na verdade por Linda Hunt, que conseguiu o Oscar de atriz coadjuvante em 1984 por um feito notável: interpretar um homem. Ela perdeu o Globo de Ouro para Cher por Silkwood - O Retrato de uma Coragem e não foi lembrada nenhuma vez para qualquer prêmio depois disso. O diretor a escalou, aliás, após diversos testes com homem, sem obter êxito.
Mel Gibson que após atingir o estrelato em Mad Max realizou dois filmes com Weir com relativo sucesso (antes deste, eles lançaram Gallipoli) e Sigourney Weaver que também viajava na fama de Alien - O Oitava Passageiro lançado dois anos antes, não comprometem mas não trazem nada de especial aos protagonistas. Os mais novos lembrarão de Diamante de Sangue, com a diferença que neste o protagonista é um local. Além disso, O Ano que Vivemos em Perigo possui montagem e trilha sonora pouco inspiradas e um dilema mal retratado e de conclusão frustrante. Falha ao colocar em pauta a covardia em abdicar da carreira e optar por um quase-amor ao invés de reportar a História. Uma tentativa de se criar um clássico inspirado em um evento real, que só caía bem na época da inocência. Nota 5
Motivo: A vida de um novato correspondente internacional
Estreia - 17/12/1982 (na Austrália) - O australiano Peter Weir, na época com quase 40 anos, conseguiu cavar seu lugar em Hollywood dirigindo em seu país O Ano que Vivemos em Perigo. Sua produção seguinte, A Testemunha, foi responsável pela primeira indicação deste ao Oscar de melhor diretor. Ele foi lembrado na mesma categoria por Sociedade dos Poetas Mortos, O Show de Truman e O Mestre dos Mares. Além da lembrança como produtor na categoria filme em Mestre dos Mares e roteirista de Green Card - Passaporte para o Amor. O argumento do roteiro em questão é difícil de ser criticado. É claro que uma trama que narra a vida de um repórter em sua primeira experiência como correspondente estrangeiro merece um filme. Porém, o roteiro que aparentemente tenciona tratar da responsabilidade social da carreira de jornalista e da dificuldade na busca por fatos sem se envolver com a notícia, sai dos eixos na segunda metade, quando parece perder ritmo e o fôlego.
Por tratar de um tema polêmico, o longa esteve banido da Indonésia até 1999. Um dos equívocos da produção, aliás, é atribuir ao povo javanês diálogos feitos em filipino. Talvez deixar a direção a cargo de Phillip Noyce fosse mais acertada, eis que não foram poucas as divergências profissionais entre Weir e C.J. Koch, autor do livro autobiográfico que dá origem ao filme e colaborador do roteiro. A parte dramática revela-se incipiente e o conflito entre comunistas e direita militar é deixada à parte, o que tira a dinâmica do filme. O elenco é liderado na verdade por Linda Hunt, que conseguiu o Oscar de atriz coadjuvante em 1984 por um feito notável: interpretar um homem. Ela perdeu o Globo de Ouro para Cher por Silkwood - O Retrato de uma Coragem e não foi lembrada nenhuma vez para qualquer prêmio depois disso. O diretor a escalou, aliás, após diversos testes com homem, sem obter êxito.
Mel Gibson que após atingir o estrelato em Mad Max realizou dois filmes com Weir com relativo sucesso (antes deste, eles lançaram Gallipoli) e Sigourney Weaver que também viajava na fama de Alien - O Oitava Passageiro lançado dois anos antes, não comprometem mas não trazem nada de especial aos protagonistas. Os mais novos lembrarão de Diamante de Sangue, com a diferença que neste o protagonista é um local. Além disso, O Ano que Vivemos em Perigo possui montagem e trilha sonora pouco inspiradas e um dilema mal retratado e de conclusão frustrante. Falha ao colocar em pauta a covardia em abdicar da carreira e optar por um quase-amor ao invés de reportar a História. Uma tentativa de se criar um clássico inspirado em um evento real, que só caía bem na época da inocência. Nota 5
Filmes comentados em 2012: 18
Filmes lançados em 2012: 2
Total de filmes do blog: 155
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