Estreia - 20/2 - A vida começa aos 40, já ouviu essa frase? Pois bem, Milk é um homossexual na San Francisco do início da década de 1970. Apesar da explosão da contracultura ter nessa cidade uma de suas capitais, os tempos eram de intolerância e ser gay era um crime a ser punido. Perto de completar 40 anos e apaixonado por Scott, ele decide mudar pelo menos o bairro onde mora e criar ali um centro de comércio para homossexuais. Gus Van Sant faz uma boa reconstituição da década de 1970 e utiliza seu estilo característico em prol da história. Milk é interpretado por um Sean Penn muito inspirado numa interpretação muito intensa (não conheço o verdadeiro Harvey Milk).
A luta pela integração e pela tolerância é pautada por cenas fortes de amor entre pessoas do mesmo sexo (há pessoas que ficam chocadas ou constrangidas com isso) e é uma pena que o filme em si seja um pouco panfletário ou lento em algumas partes. Quando a empreitada de Milk vai ganhando força econômica entra em cena a luta política pelos direitos civis dos gays, os confrontos com a polícia local e a chegada de pessoas que vão aderindo à causa. Scott está muito bem defendido por um James Franco, que pela primeira vez em sua carreira ganha destaque. Emile Hirsch faz um michê afetado que se torna um dos ativistas mais apaixonados. A trajetória de Milk tem o fim trágico entregue desde o início (ele mesmo grava uma fita já no receio de ser assassinado) e a parte que se concetra no drama político do homem que precisou de quatro eleições para se tornar supervisor da cidade de San Francisco é interessante. As alianças políticas, a oposição de Dan White (mais um grande reforço no elenco com Josh Brolin) e a série de referendos pelo país são alguns destaques.
Há discussões que são pertinentes até hoje, mas a preocupação em se manter neutro e evitar a polêmica não deixa espaço para os embates no roteiro. A trilha sonora de Danny Elfman, utilizando a ópera como fundo de todo o filme, irrita um pouco, mas a Academia gostou e a indicou para o Oscar. Aliás, houve um pouco de exagero nas oito indicações para Milk (as outras sete são: filme, diretor, ator, roteiro original, ator coadjuvante - Josh Brolin, edição e figurino). Van Sant, Penn e o roteirista Dustin Lance Black (de apenas 34 anos e que escreve também a série Big Love) mereciam ser lembrados, mas as outras cinco indicações foram um pouco a mais. O longa utiliza como base o documentário The Times of Harvey Milk, que venceu em sua categoria o Oscar em 1985. Claro que o que fica é a atuação de Sean Penn, num ano de grandes interpretações para filmes apenas corretos, como esse. Nota 6
A luta pela integração e pela tolerância é pautada por cenas fortes de amor entre pessoas do mesmo sexo (há pessoas que ficam chocadas ou constrangidas com isso) e é uma pena que o filme em si seja um pouco panfletário ou lento em algumas partes. Quando a empreitada de Milk vai ganhando força econômica entra em cena a luta política pelos direitos civis dos gays, os confrontos com a polícia local e a chegada de pessoas que vão aderindo à causa. Scott está muito bem defendido por um James Franco, que pela primeira vez em sua carreira ganha destaque. Emile Hirsch faz um michê afetado que se torna um dos ativistas mais apaixonados. A trajetória de Milk tem o fim trágico entregue desde o início (ele mesmo grava uma fita já no receio de ser assassinado) e a parte que se concetra no drama político do homem que precisou de quatro eleições para se tornar supervisor da cidade de San Francisco é interessante. As alianças políticas, a oposição de Dan White (mais um grande reforço no elenco com Josh Brolin) e a série de referendos pelo país são alguns destaques.
Há discussões que são pertinentes até hoje, mas a preocupação em se manter neutro e evitar a polêmica não deixa espaço para os embates no roteiro. A trilha sonora de Danny Elfman, utilizando a ópera como fundo de todo o filme, irrita um pouco, mas a Academia gostou e a indicou para o Oscar. Aliás, houve um pouco de exagero nas oito indicações para Milk (as outras sete são: filme, diretor, ator, roteiro original, ator coadjuvante - Josh Brolin, edição e figurino). Van Sant, Penn e o roteirista Dustin Lance Black (de apenas 34 anos e que escreve também a série Big Love) mereciam ser lembrados, mas as outras cinco indicações foram um pouco a mais. O longa utiliza como base o documentário The Times of Harvey Milk, que venceu em sua categoria o Oscar em 1985. Claro que o que fica é a atuação de Sean Penn, num ano de grandes interpretações para filmes apenas corretos, como esse. Nota 6
Oscar 2009
Filmes indicados: 31 (exceto curtas e documentários)
Filmes comentados: 24
Filmes para comentar: 7
Filmes comentados: 24
Filmes para comentar: 7
Filmes comentados em 2009: 70
Filmes lançados em 2009: 18
Total de filmes do blog: 70
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